200 Anos de Propaganda
Em 17 de setembro a propaganda brasileira comemora 200 anos. A data é referência da publicação do primeiro anúncio em nosso país, impropriamente chamado de classificado (apenas porque tinha quatro linhas), veiculado na Gazeta do Rio de Janeiro: oferta imobiliária da Sra Ana Joaquina da Silva, através de seu procurador o capitão Francisco Pereira de Mesquita. A iniciativa da Sra Ana logo motivou outros particulares e empresas, em particular o segmento de comércio marítimo que tornava-se o maior anunciante, nestes primórdios da propaganda verde amarela.
Os anúncios eram redigidos por uma mesma pessoa: o redator da Gazeta. Daí o estilo único, inconfundível, destacando as expressões verbais quem quiser e quem precisar; na verdade a transcrição da linguagem oral do pregão na mídia impressa. O anúncio era como regra geral uma cortesia dos veículos a seus assinantes, embora existisse uma tabela de referência com tarifa por inserção (independente do tamanho), ou pelo número de linhas “para prevenir abusos”. O critério de linhas prevaleceria a partir da década de 30 quando a propaganda ganhava, também, os seus primeiros elementos visuais: vinhetas fundidas em chumbo, adquiridas dos fornecedores da Alemanha, França e Inglaterra.
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